Páginas

domingo, setembro 18

Para as estrelas...

Sabes que é amor quando a pessoa que amas na tua cabeça deixa de ter a voz delicada, mas passa a ter as mãos de um anjo. Quando os olhos se mantêm a brilhar como antes. Quando a maneira de falar desenvolve para algo mais complexo e interessante. Quando o corpo se transforma e parece que te diz "Sou mulher! Ama-me!" Mas tu já a amas de qualquer maneira, com ou sem pêlos, com ou sem maquilhagem. Porque tu gostas, e vais atrás. 

E por vezes cais e enquanto te levantas vez uma mão linda a ser esticada até ti. É ela. É ela que sorri para ti, que te ajuda, que te diz "força!", que te faz chorar por achares que sem ela perderias o mundo das mãos num ápice. É ela que te mantem à tona de água, mantém-te o mundo nas mãos, porque ela quer, porque se preocupa contigo, tal como tu. Ela quer que a puxes, que a levas ás costas quando ela não poder mais das pernas, que lhe limpes as lágrimas do rosto com a camisola nova, ou com as costas dos dedos. Ela quer receber o mesmo carinho que te dá a ti.

Quando lhe beijas a orelha ela sente-se alegre. Quando lhe beijas o pescoço acordas a leoa que nela habita, enraizada, escondida nas profundezas do seu ser. Quando lhe beijas a boca e de seguida lhe beijas a testa, ela sente-se mais preenchida de mimo, de carinho, de delicadeza naquele seu coração tão pequenino, mas tão forte. Porque é ali que ela vive, lá dentro.

Tu ama-la porque tu sentes que ela é diferente. O olhar é alegre, o sorriso demasiado bonito, o rosto encaixa na perfeição, a voz encanta-te ao ouvido, a boca mexe-se com delicadeza, as mãos suaves como a seda, e os jeitos dela, a maneira dela alegram-te, encantam-te, cativam-te, interessam-te.

Para as estrelas que me lêem e me ouvem.

Sem comentários:

Enviar um comentário