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domingo, novembro 29

A complicada forma...

A vontade de acalmar muitas vezes acaba por tornar tudo tão mais confuso. Deixemos as palavras saírem, se nos calarmos o coração irá sofrer. Por certo fará sofrer, por certo ainda deverá haver a capacidade de abraçar e beijar cada pedaço, cada camada de pele do outro até que ao coração se chegue e sobre ele se chore o amor, se chore a perda, o carinho, o trato cuidadoso, a emoção de o ter, a vontade de o ver viver.

Tu és tão difícil de esquecer. Por vezes até difícil de entender. Eu cá vou fazendo os possíveis para que de toda a complicada forma que o teu coração toma quando partilhas os teus medos, os teus anseios, as tuas mágoas, as tuas feridas e me mostras as tuas cicatrizes, guardo em mim um pedaço do que és, do que foste e ponho-me a imaginar o que no futuro serás. É complicado perceber o quanto de carinho e afecto começo a ganhar por ti. Pois por um lado sinto-me bem com a relação que temos, e por outro parece que apesar de tudo fazer sentido, tenho medo da distância que se pode criar entre nós. Um dia irás à tua vida e eu à minha e será aí que terei de voltar a aprender a viver no silencio, a viver sem a bolinha verde a dizer-me que estás ligada, do tempo que vais demorar a dizer olá quando te saudar com um bom dia ou boa tarde.

Não tenho medo do futuro, tenho medo do frio que ele me possa causar.

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