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quarta-feira, julho 8

Ainda bem que a amei...

Aquilo que de melhor pode acontecer não se esquece, muitas vezes nem dá para esquecer, tal e qual como acontece com as coisas más. Tu e eu tivemos coisas boas, mas tivemos também coisas más. E sobre elas repousei muitas vezes a cabeça para me vir a perceber de que não vale de nada pensar sobre isso, não me vale de nada sofrer por isso. Guardo as coisas boas em lugares especiais, deixando assim que a alma e a vida se encontrem de novo para que possa viver como antes. Com as preocupações do dia-a-dia, com os sonhos e os pesadelos que se vai ganhando com a vida.

Posso dizer que superei bem a tua ausência, nos meus braços, nos meus lábios, no meu peito, por entre os meus dedos, a minha cama, no meu coração, na minha mente. Estaria a mentir se dissesse que ainda bem que assim o é, quero dizer, sim ainda bem, mas não guardo remorsos pelo que fiz, antes pelo que não cheguei a dizer, pelo que não tive coragem de fazer, pelo que não consegui viver contigo. Não procuro outra para fazer tudo o que não pude fazer contigo. Simplesmente procuro alguém que faça comigo tudo aquilo que não me disseste, tudo aquilo que não me fizeste, tudo aquilo que não me deste, para que eu possa naturalmente amar ainda mais e de melhores maneiras outra pessoa que não tu. Pois cada parte de ti foi importante e interessante para mim. Guardo-te, não no coração, mas na memória. Não sinto necessidade de voltar atrás, faria-o se pudesse, mas tudo o que fiz contigo, morreu contigo. Cada um segue a sua vida neste momento, cada um ama de maneira diferente depois desta experiência.

Se alguma vez te amei mais do que deveria, fi-lo porque o sentia.

Uns dizem: Ainda bem que te encontrou!
Eu digo: Ainda bem que a amei!

1 comentário:

  1. Teus textos são incríveis, esse blog tão cheio de vida. Aqui é tão confortável, me sinto em casa. Teu blog é aquele lugar que todos procuram para sentir-se um pouco melhor. Parabéns.

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