Páginas

sexta-feira, julho 11

Te magoar o rosto...


Há dias em que nada mais são do que apenas dias comuns. Dias em que tudo se envolve em rotina e por vezes quando me liberto da rotina e parto para longe da terra que me viu crescer dá-se o caso de dar de caras com gente que nunca vi, com feitios diferentes do meu, diferentes das gentes da minha terra e por vezes nesses momentos soltam-se sorrisos, gargalhadas, apertos de mãos, cumprimentos rápidos ou longos, sempre com um sorriso sobre os lábios, ou estampada no rosto. Gostava tanto de partilhar os meus dias, de partilhar o sorriso, a alegria, a leveza que a alma ganha. Partilhar as saudades de casa, de abraçar o corpo, de beijar a forma única dos seus lábios. Mas só posso imaginar e não ligar ao que a vida me rouba todos os dias. Enquanto eu conseguir ver um sorriso nos seus rostos, ou imaginar-lhes um, estarei bem. Mesmo que a figura feminina me falte sobre os ombros, sobre o coração tempestuoso, estarei bem, despreocupado vivendo cada dia com um novo raiar de sol.

Havia nela uma delicadeza. Os seus olhos eram algo que nunca tinha visto, o rosto era tão delicado, tão belo e silencioso. Transmitiu-me uma paz estranha, uma calma que pude sentir com suavidade a esbarrar contra o meu corpo. O seu sorriso era caloroso, confiante; Confortante devo eu dizer. Voz suave e bem colocada. Corpo atlético e bem tratado. Quem és? Como te chamas? Tu de perna traçada debruçada sobre um livro, tendo como destino, Coimbra. Não fungues, assoa-te. :)

Se a lágrima te magoar o rosto, lembra-te de a magoar também!

Sem comentários:

Enviar um comentário