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terça-feira, julho 15

Serei eu digno...


Quando tu não estás aqui só eu sei a falta que me fazes, a saudade que em mim despertas, a dor… A dor que me causas no peito ao largares a minha mão, a dor que me causas nos nós dos dedos, porque eu debato-me com o silêncio causado pela tua ausência. Debato-me contra paredes, contra as madeiras que se transformaram em armários e portas. Transformaram-se em tudo o que nos é tão útil tal como tu me encantaste a vida. Tu que com esse sorriso tão delicado, com esse brilho nos olhos sempre me conseguiste acalmar. 

Envolve com os teus braços o meu corpo tenso. Beija com esse carinho que trazes nos lábios as feridas que fiz sacrificar sobre o meu corpo com o sentimento de desespero por te perder para sempre. Em forma de gente ou de luz, traz esses lábios para junto daquilo que mais precisa de ser beijado. O coração! Sim porque o coração também se partiu quando decidiste deixar-me ou terei sido eu quem te abandonou todo este tempo? Terei sido eu quem te mandou embora? Segreda-me aos ouvidos o pecado que cometi. Ajuda-me a libertar de toda esta dor.

Diz-me!
Serei eu digno de pisar a terra seca e rasgada do inferno?
Ou será antes o chão macio do paraíso?

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