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quarta-feira, junho 11

Diz-lhe que me vais chamar...


Se pelo menos tu fosses capaz de ver o que vejo, pudesses sentir o que eu sinto quando olho para ti, ou, quando te chego a tocar no braço, no rabo, no rosto, nos lábios. Se pudesses sentir o mesmo que eu, farias tal e qual como eu? Tal e qual como eu estou a fazer agora? Que sinto uma palpitação no coração? Que as dores que surgem no meu corpo desaparecem quando a tua mão assenta sobre o meu rosto, sobre o meu peito quase como se me pedisses colo ou um sitio sossegado para nele deitares o teu corpo que treme, não por medo, mas porque te dói a alma, porque te sentes cansada da vida, porque me dizes às vezes quando nos sentamos para um café, que dói-te a alma por causa das exigências que ela faz sobre a tua vida.

Respira fundo quando o demónio te quiser atacar.
Respira fundo e diz-lhe que me vais chamar se ele tentar alguma coisa.

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