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domingo, março 23

Para te querer de volta...



Amei-te sem querer. Amei-te porque precisava de me sentir vivo novamente. Amei-te porque me encantaste a alma, motivaste-me o coração a bater, inspiraste as minhas mãos a escrever coisas lindas, foste um anjo que me fez corar e chorar como um homem deve sempre chorar por uma mulher. De ti tenho apenas saudades da tua voz e dos teus lábios, não posso ter saudade de mais nada porque não és minha, não me pertences. Saber-te alegre é estar também eu alegre. Ver-te feliz é eu estar feliz, não na totalidade, mas pelo menos quando vejo o teu sorriso dás-me vontades de te beijar o rosto, o rosto, pois os lábios não mos deixas beijar-te. Não te abraço porque teimas que os corações se cheguem a tocar e desates a amar-me sem perceber o que realmente aconteceu para tal acontecer.

A sensação mais estranha que tenho sentido, não é a ausência do teu ser, a ausentaria do som da tua voz, do carinho das tuas mãos, da alegria do teu rosto e do estesiante amor dos teus lábios sobre os meus. Nada disso faz mais sentido do que ter apenas saudades do teu cheiro e, com isso ganho medos com os quais luto temporariamente, acabando sempre por ganhar, mas mesmo ao ganhar sinto-me fraco, sinto que a minha felicidade não depende de ti, depende de mim. Se me perguntares se ela faria mais sentido se te tivesse do meu lado, sim sem dúvida. Esse olhar que te torna tão mais meiga, tão mais suave e delicada, porque pode a tua voz ser de maria-rapaz, que só de te olhar nos olhos, perdes essa força, essa capacidade de deitar montanhas abaixo, perdes o jeito de má com quem sempre gostastes de andar. És orgulhosa e sempre soubeste deixar o orgulho de lado quando eu te pedia concelhos, quando te te pedia o peito para chorar.

Não te escrevo para te querer de volta, escrevo porque é o momento para seguir para a frente com a minha vida.

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