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terça-feira, novembro 19

Vi com o meu...


A pele clara pela falta de sol torna-te tão perfeita, torna-te tão bonita aos meus olhos. Quero lá saber dos defeitos que achas que tens, tanto físicos como da tua personalidade. Pouco se me importa que tenhas demónios como eu, pouco me importo com os maus sonhos que tenhas, com as vontades que a vida te der, desde que esteja contigo e na tua mão possa tocar sem muitas grandezas, apenas a simplicidade de te dar um amor pelas pontas dos dedos. É sobre os teus olhos que eu tantas vezes me perco no dia-a-dia. Também é nos teus olhos que eu adoro perder-me, deixar cair o cobertor que me cobre o corpo do frio, pois cada vez que te beijo, tudo à minha volta desaparece, todos os sons, todos os estragos, tudo se fica no silêncio.

Esse nariz pequeno, esses lábios encarnados, essas mãos suaves e tão delicadas, os olhos da cor do ouro, os cabelos castanhos carregados de cachos, cachos de caracóis tão bonitos. Como poderei eu fazer chegar até ti o melhor que há dentro de mim? De que maneiras poderei eu deliciar-te o coração, deliciar sobre o teu peito o mimo, o carinho, a atenção, o respeito, a confiança, a paixão, o choro que carrego na alma? 

Terei de fazer uma crueldade no meu coração, para que vejas no teu as coisas bonitas que já vi com o meu.

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