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domingo, novembro 3

Acanhaste-te sobre o meu peito...


Acanhaste-te sobre o meu peito e encostaste a tua cabeça no meu ombro esquerdo, suspiraste, remexendo com a cabeça para te chegares mais perto de mim. Beijei-te os lábios secos e logo de seguida a testa, que chegaste para a frente para ta beijar de novo. Apertei-te contra mim e disse: "Estou aqui!" Voltaste a soltar um pequeno suspiro e apertaste-me contra ti. Podia sentir o calor do teu corpo, a pureza do teu respirar, o bafo quente que batia sobre o meu ombro direito e como o teu corpo se entrelaçava no meu a fim de impedir que eu fosse retirado de ti, como se eu fosse uma almofada ou um peluche que te ajudava a proteger de monstros ou porque te facilitava o adormeceres calmamente. Deixei-me estar quieto e só não podia abraçar-te mais, beijar-te mais, falar-te mais, deter-te mais, aconchegar-te mais, porque só de te ver de olhos fechados com esses lábios tão bonitos fiquei impávido a olhar para ti, a ver-te dormir tão tranquilamente.

Poderia viver uma vida inteira que nem todas as palavras que escrevesse não eram suficientes para explicar o que o coração cala e o peito sente.

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