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quinta-feira, setembro 12

Esse alguém...


O amor é uma coisa divertida mas também uma coisa sadia. Espero tanto dele que quando acho que estamos a caminhar com os mesmos pés é quando tudo está descontrolado. Acontece que nem sempre as pessoas compreendem o que me vai no coração, porque elas não conseguem ver os arco-íris, as alegrias que crio sobre o amor, os sonhos que tenho sobre o amor. Como é difícil ver a reacção das outras pessoas ao saberem que estou interessado nelas, ou por algum motivo as acho completamente perfeitas, com os seus olhos brilhantes, os seus lábios levemente avermelhados e o seu pequeno e tão fofo nariz.

Se digo o amor que lhes tenho no peito parece que recebo uma chapada. Principalmente quando lhes vejo o anel no dedo ou quando elas falam com orgulho do namorado que têm, mesmo que eu nunca lhes pergunte por ele, elas têm sempre de o proferir, como se me estivessem a dizer-me na cara, ou como se me atirassem à cara que nada querem comigo. Então eu acordo todos os dias de manhã e espero que dentro da minha cabeça se crie uma rapariga qualquer que me toque com as suas mãos, me beije os braços, as bochechas, os lábios secos, dando-me um certo consolo que me dê animo à vida, que me faça sorrir de felicidade e com isso retribua o mimo e os pequenos gestos de amor que ela tem para comigo. Fazer com que antes de sair para trabalhar me obrigue a dar-lhe um beijo de despedidas. Passar a mão nas suas bochechas rosadas enquanto me riu com a sua cara de sono. Por muito que deseje, por muito que queira alguém com quem partilhar os dias da vida, parece que demora encontrar esse alguém.

Esse alguém com quem espero ter filhos, cuidar tanto deles que se fartem de mim. Um alguém que me dê motivos para chegar a casa todos os dias que mesmo cansado ainda tenha aquela chama acesa dentro de mim para lhe dar um aperto no coração, fazer uma lágrima escorrer bochecha a baixo por ter saudades minhas, e eu sofra da mesma maneira. Nem sempre lhe vou tocar no cabelo ou dizer-lhe que as coisas vão correr bem, mas o mais normal é que vou sempre segurar-lhe nas mãos, segurar-lhe e proteger sempre o coração, impedindo que este se faça em mil pedaços, porque eu também tenho medo de perder tudo. Não ter certeza do futuro e nem certeza de que terei filhos e uma mulher que seja a inspiração para continuar a soltar palavras de amor, ou simplesmente palavras.

Quando olho para vocês (as raparigas do dia-a-dia) fico com a sensação de que nunca, já mais serei digno de te merecer, que não estou preparado para te segurar nos braços, ou de te beijar os lábios, apalpar-te os seios, ou colocar as mãos no rabo, porque nem tudo é amor, nem tudo é físico, também as palavras merecem destaque na relação e tenho medo, sempre medo que por muito que olhe para vocês. fico sempre com a sensação de que nunca irei ter uma rapariga assim tão perfeita como vocês. Certamente que raparigas como vocês já têm namorado. Sonho demasiado e perco tanto por causa disso, porque ao fim do dia só quero sentir-me preenchido, só me quero sentir desejado e desejar alguém que me seja cúmplice na vida.

Por vezes tenho vontade de desistir de procurar... Sou um tolo por acreditar que poderei ter alguém para amar.

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