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sábado, janeiro 2

Decidimos ficar tão sérios...

Em que altura da nossa vida decidimos ficar tão sérios com os problemas que nos envolviam? Em que altura do nosso amor foi dada a facada que ambos recebemos um do outro para fugirmos dos nossos problemas? Fugirmos um do outro? Não somos invencíveis, mas somos seres humanos que sentimos, sofremos, choramos e rimos. Em que altura da nossa relação se deu a explosão de tanto sentimento?

Criou-se uma distância que não compreendo. Parece que ficámos egoístas, mais invejosos um com o outro. Mais introvertidos, menos sociáveis como casal, como duas pessoas adultas parece que perdemos o sentido da vida. Não vou mentir que era o teu olhar que me ajudava a guiar a minha vida, eram os teus lábios que me curavam as feridas da alma e do corpo. Eram os teus braços à volta de mim que me davam alento para continuar a acordar com um sorriso no rosto. Eram os teus risos que me davam a ânsia de que a semana passasse depressa para que no fim-de-semana, pudéssemos finalmente rir mais vezes juntos, descansarmos, fazermos sexo sem nos preocuparmos com o tempo. Dar mais vezes a mão, beijar-te mais vezes os lábios. Esta saudade que nos atrai e ao mesmo tempo nos separa...

Mas como dizia a minha Avó: Não há flores bonitas sem tempestade.

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