É no teu silencio que encontro a minha revolta. É na tua voz que encontro a minha calma, o meu conforto. É com o teu amor que chego a pensar que o futuro é possível. Que por mais lágrimas que tu ou eu soltemos para o mundo, o amor acabará por nos fazer acreditar que a vida boa ou má que levamos é satisfatória, pois se não fossemos vivos, o que chegaríamos a amar?
Quando disse que te amava, mostraste-me a língua. Ao inicio não percebi o que querias dizer, mas logo te achegaste e pude ver que a tinhas carregada de cicatrizes, de marcas de dentes, como se tivesse um passado horrível em cima de si. Disseste-me que "foi feito pelas coisas que nunca te cheguei a dizer!". Foram tantos dias sem me ver. Tantos pensamentos de revolta que te moíam a cabeça. Foram tantas as memórias que querias criar e com a distâncias não a podíamos fazer.
E no fim disseste "eu também te amo".
Tão bom de se ler!
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