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domingo, agosto 16

O teu braço direito...

Das cidades , às vilas. Das vilas às aldeias. Cada passo é uma janela que se abre, uma porta que se ergue aberta diante de nós. O amor prolonga-se, é parte do que somos. Os sorrisos ficam guardados na memória, nas fotografias que os estranhos com quem nos cruzamos tiram. A verdade do amor é encontrar conforto nas acções que fazemos juntos, o conforto de um sorriso triste sobre o ombro do outro. Uma manga molhada de lágrimas. Um peito aflito que ao compasso dos beijos deixados sobre a testa o acalma, o alenta com novas combinações de amor, de alegria, de esperança.

Larga o cigarro meu amor. Pousa isso e vem ter comigo. Quando estás a janela a dar ligeiros bafos, sabe que te referia comigo na cama. Seguro-te pela cintura e envolves-me com o teu braço direito a minha cabeça, expiras o fumo dos pulmões, respiras e beijas-me inclinando-te para trás, para me sentir completo. fechas os olhos e respiras lentamente. Pousas o cigarro na varanda e viras-te para mim de olhos fechados. Esperas por um beijo meu para te guiares pelo meu corpo. envolves o meu pescoço com os teus braços entrelaçando os dedos enquanto eu te chego perto com as mãos na tua cintura. Beijo-te o pescoço e voltas-te para a janela voltando a pegar no cigarro que te aquece o peito.

Dá-me a tua mão!

"Aninhou-se um beijo
Sobre o teu cansaço"
In. (Canção Do Monte) Diabo na Cruz - Virou [2009]

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