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domingo, agosto 17

Eu criei-te...

Eu criei-te, pedaço a pedaço, detalhe a detalhe. Construí-te à minha imagem, perfeitíssima. Cada vez que vejo o teu rosto asseguro-te de que não me arrependo de nada, então porque haverias tu? Não há nada em ti que não adore, que não seja capaz de dizer que estou orgulhoso com a mulher que tenho todos os dias diante de mim, de esbelto sorriso. 


Agarra-te a mim quando achares que estás a afundar-te. Corre até mim quando julgares que não consegues andar mais. Meu doce, chora no meu peito quando a vida for injusta para ti. Percorre o meu rosto com as tuas mãos, procura as imperfeições e beija-as com carinho e eu tratar-te-ei das feridas que o coração não deixa cicatrizar.

É a tua voz a coisa mais doce que prefiro ouvir todos os dias sobre os meus ouvidos. Essa voz, esse instrumento tão ternurento, tão carinhoso, doce e delicado, tal como as mãos que tens, tal como a alma que dentro de ti se acanha quando me beija, quando me toca e me deseja. Olha para mim quando não conseguires ver o mundo com clareza. Não tenhas medo quando me sentires por perto. Meu amor, fica calma e percebe que estou junto a ti. Eu já mais tirei os meus olhos de ti. Eu seguro a tua mão em todas as situações que passares. Nunca estarás sozinha. Carregar-te-ei por todos os altos e baixo, por todas as coisas em que precises de alguém para te apoiar, para te ouvir, de te apertar com mais força quando precisares de um abraço que te faça sentir viva, calma, segura e que te acalme as batidas de coração. Quando houver dias em que sentires que o mundo desaba sobre os teus ombros recordar-te de que estou sempre a teu lado.


Vem cair sobre os meus braços para que te possa de novo seduzir. Rende a tua mão sobre o meu peito, falece gentilmente esses lábios sobre os meus e deixa que o tempo os faça despegarem-se. Por vezes tornas-te um labirinto quando não queres ouvir as outras pessoas, em dias de choro, de maldade sobre esse coração. A maldade que as gentes e o mundo teimam em depositar sobre ele, sobre ti.

Quando em pequena caiaste de joelhos sobre o chão, soltaste lágrimas de dor, de sofrimento, e foste de maneiras tão delicadas agarrar-te aos joelhos, chorando. Foi nesse momento que deuses e anjos choraram pela primeira vez, e foi por ti.

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