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terça-feira, maio 27

Não sabes quando parar...


Achavas que me ia embora quando larguei a tua mão. Com isso desataste nós no coração. Não só desataste nós no meu coração como soltaste as lágrimas presas que te feriam o peito. Desfizeste-me em palavras. Rasgaste todas as cartas que te enviei e julgaste que estavas a agir bem, a agir bem perante a dor estranha que assombrava o teu coração. 

E eu meu amor? E eu? Não pensaste em mim?
Não julgaste por ventura que eu também tinha algo que me fazia dores no peito? Que quando eu não respondia aos teus telefonemas era porque estava no hospital? Que quando te sorria com lágrimas a pintarem-me o rosto de um vermelho rosado era porque sofria por não te ter todos os dias ao meu lado? Que quando te beijava com o corpo a tremer era porque me ferias os lábios com as tuas palavras? Porque me ferias o corpo com as tuas atitudes? Deixar cair a máscara meu anjo. Estou aqui. Posso eu ter largado a tua mão, mas eu permaneço aqui. E mesmo que o tenha feito continuas a ser a minha pedra preciosa.

Eu adorava continuar viver ao teu lado, mas eu já não suporto ver o sangue jorrar do meu corpo. É que por vezes tu és tão bonita. Já não sei em que pensar. Tornaste-te tão perfeita (desde o dia me que o quisesses-te ser) que não sabes quando parar.

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