Páginas

terça-feira, janeiro 28

Seremos assim tão frágeis...


E quando choras eu não estou ao teu lado para te amparar, para te acudir num gesto tenro e delicado. Não estou e isso faz-me sentir tão mal, faz-me sentir tanta raiva de mim mesmo. Porque eu não cheguei a tempo, porque não estava lá, porque não te apertei com doçura entre os meus braços, porque faltei com um beijo, com um ombro, com uma palavra carinhosa, com algo que fizesse sentido naquele momento em que precisavas de apoio, de mimo, de segurança e bem estar.

Quando te jogas contra o meu peito para me maltratar, para me calar, para me dar dores no coração, as tuas palavras são capazes de deixar cicatrizes. Nesses momentos eu mal consigo respirar, mal consigo soltar uma palavra que seja na tua direcção. Sinto que mereço. Mereço mas por pouco tempo, porque tento logo dar a volta para que se acanhe em ti um sorriso. Prefiro ver-te sorrir do que a chorar de tristezas. E se alguma vez eu for o motivo para a tua tristeza diz-mo na cara, diz-mo, pois prefiro poder sabe-lo da tua boca e discutir o que de mal te faço e tentar mudar, do que acabar por sofrer ao descobrir quando já não estiver contigo. Eu 

Se tu saltares eu salto também.
Se tu arriscares eu arrisco também.
Se eu arriscar tu também arriscas?
Se eu saltar tu também saltas?

Seremos assim tão frágeis para nos escondermos por de trás de paredes criadas dentro da nossa mente? Eu julgo que está na altura de as deitar abaixo e deixar o monstro sair...

Sem comentários:

Enviar um comentário