Páginas

domingo, janeiro 12

Quando não estás comigo...


Aproxima-te meu carinho. Há algo debaixo da tua pele que me deixa ansioso por te tocar, por te beijar esses lábios tão vermelhos, tão arreados de sangue tão vivo e intenso como a própria vida que tu levas. Há algo que me deixa com arrepios a cada toque, a cada beijo, a cada abraço, a cada olhar trocado, a cada mão dada, a cada caminho feito, a cada noite que dormimos juntos, há algo debaixo da tua pele que me faz morrer um bocado mais.

Quando não estás comigo, acordo todas as noites, acordo com um vazio no peito, com um frio do teu lado da cama que permanece vazio. Volta meu amor, sinto falta do teu calor, sinto falta dos teus mimos sobre as minhas costas, sinto falta do toque das tuas mãos, tenho saudades dos beijos nos meus ombros, dos risos que me calavas com um abraço tenro e doloroso. Tenho saudades de te abraçar por trás e fazer a concha, saudades de te beijar as costas, de cheirar o teu cabelo, de sentir as tuas mãos a aconchegar as minhas pernas. Tenho-te saudades.

Não te vás embora meu anjo, não me deixes aqui debaixo da chuva que me leva a alma, a mesma chuva que te estraga o cabelo quando menos esperas, a mesma chuva que já nos viu beijar tantas vezes. Fica aqui! Fica! Peço-te, fica! Eu grito o teu nome do fundo dos meus pulmões, eu choro, eu choro porque tu não me ouves, parece que não me vês ou não queres ver. Quando estás mal eu sou o primeiro a dar-te a mão, quando estou mal tu parece que me ignoras, parece que te esqueces de mim, parece que eu deixei de ser a pessoa que vias como tu, que vias como aquela que te amparava nas quedas, que te ajudava a levantar limpando as lágrimas, dava beijinhos nas feridas e levemente te colocava de novo no mundo, pronta para triunfar. Tenho saudades dos teus mimos sobre o meu peito, tenho saudades tuas meu amor, meu anjo, minha preciosa e deliciosa harmonia.

 Deixa-me sentir o teu perfume, sentir o teu calor, as tuas mãos sobre o meu rosto, os teus lábios sobre o meu nariz. Volta. Não te ter é como morrer devagarinho.

Sem comentários:

Enviar um comentário