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domingo, novembro 10

O que os teus olhos vêem...


Oh querida, como gosto de te tocar no rosto, de te ver com esses olhos a brilharem quando sorris, quando te cresce uma alma nova quando te faço rir , quando te toco no rosto e te acaricio as têmporas ou o nariz, as bochechas e esse pescoço seco que solta aromas que me deixam enfeitiçado pelo teu corpo. Cresce uma espécie de chama que não te consigo explicar, uma coisa totalmente diferente, como se tudo o que fizéssemos juntos significasse alguma coisa, quase como se nos preparássemos um ao outro para outra pessoa, para a vida, para o mundo, para um amanha que está perto.

As estrelas choram e o que mais importa é que consigo sentir o teu corpo junto ao meu, sinto as tuas mãos sobre o meu peito que se apertam e fazes um esforço para te conteres. Gostava de te dizer como adorava tanto ver-te todos os dias, de te dar um pequenito beijo nesses lábios tenros, de ver de perto os olhos acastanhados, de passar as minhas mãos pelo teu rosto. Adoro os teus carinhos, as conversas, tudo o que parecia estranho ao inicio e que agora parece saber a tão pouco.

Deixa-me ver o que os teus olhos vêem, deixa-me partilhar as maravilhas que vejo. Se eu pudesse ao menos ficar com um beijo teu para sempre guardado na minha memória. Como se a cada vez que os quisesse sentir de novo, pudesse beijá-los mesmo que não tivesses comigo.

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