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domingo, outubro 6

Até que a morte me toque com a sua mão...

A tua cara rechonchuda faz-me pensar em querer-te mimar, dar pequenos beijos nas bochechas, pequenos pontos de carinho na tua testa, na ponta do teu nariz, nos lábios secos, provar as tuas orelhas com a ponta da língua. Passar os dias inteiros a olhar para o teu rosto. Esse rosto que me faz apaixonar, que me faz querer escrever sobre o que o meu coração sente, sobre o que o meu coração pensa, sobre o que o meu coração deseja sobre a tua pessoa. Esse rosto que tu escondes com a mão quando sorris, esses olhos que escondes quando os fechas ao chorar. 

Encosto a minha cabeça no teu ombro e levas a tua mão ao meu rosto ou aos meus cabelos tocando-lhes com a delicadeza de um anjo. Beijas-me a testa. Ou quando não lhes chegas beijas-me os cabelos, ou então pegas nas minhas mãos e levas-as ao teu peito onde as poisas e as mantens seguras para sentir o teu coração bater. 

Talvez numa tentativa de acalmares este corpo que se mata aos poucos e poucos para proferir e escrever as melhores e piores palavras sobre ti e para ti.

Até que a morte me toque com a sua mão, aguardo pelo dia em que dirás o meu nome. 

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