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sexta-feira, setembro 13

Memórias de um coração partido.



Memórias de um coração partido. Criei-te à minha perfeita imagem, meu semelhante com características que desejava encontrar num individuo de sexo feminino e que pudesse de alguma maneira partilhar a sua vida ao meu lado, dar-me a mão e carregar nos bolsos mimos e doces beijos que me pudessem satisfazer os gostos dos lábios, que tivesse por natureza um perfume. Eu faço-o sozinho por algum motivo, criei-te, criei-vos porque podia, porque desde o inicio que soube que tinha coração mas não tinha raparigas reais para amar, necessitei de o treinar para me sentir preparado para satisfazer o dar de mãos. Já lá vai tanto tempo que o coração ainda permanece partido, talvez porque ainda nenhuma se tornou perfeita, ou se se tornou rapidamente me estragou o coração e eu deixei, sempre deixei porque achava que merecia.

Julgava que a rapariga com quem ficaria seria a ultima com quem estaria para o resto da vida, mas enganei-me e ainda bem. Pensando melhor depois de cair da graça do paraíso apercebi-me de que até hoje a criação que fiz na minha cabeça já mais se irá tornar real, não posso colocar fasquias nas raparigas que conheço, não posso esperar delas a perfeição. E mesmo que eu nunca lhes pedisse a perfeição, sei que esta rapariga que criei nunca me poderá dizer um amo-te, ou dar-me beijos, abraços, mimos e poder sentir-lhe o corpo.

Ganho uma pena por não poder tocar no corpo que criei. Em breve estarei entre as estrelas, em breve a rapariga poderá tornar-se real. Não vou esperar, começo hoje a caminhar!

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