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domingo, agosto 21

É este medo...


Eram três e quarenta e dois da manha, estava a trabalhar e a ouvir música. Tentava arranjar uma boa frase para te escrever de manha, para quando acordasses sorrisses. Mas quando peguei no telemóvel para mudar de música, o telemóvel avisa que a bateria tinha acabado de ser completamente descarregada. Fiquei triste, porque a música acabara. Esperava ter música até às sete da manhã para conseguir passar a noite sem ter ataques de sono. Foi então que num simples segundo, quando ele se estava a desligar, vi-te por uma ultima vez. É uma foto tua que tenho como fundo. De repente tudo ficou escuro e lá se acabou por desligar por completo. Não pude voltar a ver a tua cara rosada naquele ecrã. Não te pude ver a noite toda.  Mas aquela imagem ficou-me na cabeça e sorri, mesmo que tivesse medo de nunca mais te puder ver.

É este medo de nunca mais poder olhar para ti, nunca mais te encontrar na rua e dizer-te um olá. Sorrir quando te agarras a mim em noites de trovoada. Ou quando te abrigas no meu colo quando tentas fugir das complicações da escola. Quando te refugias no meu quarto e passamos horas a conversar e a olhar um para o outro com pequenos toques nos lábios, na cara, no corpo e trocamos olhares simples. É medo de perder tudo isto que faço contigo. Medo que um dia tudo se fique por um simples minuto nas nossas vidas. 

E tudo aquilo que não se pode ver com os olhos, se perca para sempre...

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