Páginas

sexta-feira, maio 1

O cheiro não é doce...


Adoro o cheiro que fica no ar depois da chuva. Recordo-me dos dias de verão quando acordava bem cedo ao teu lado e naquele momento sentia o cheiro doce da tua pele. Agora o cheiro não é doce, é antes mais forte, mas ácido, mais amargo, talvez porque a vida vai moldando a visão, a audição, o olfacto, e o tacto. Com o tempo começo a ter menos paciência para as tuas birras, para as meias palavras, para as tuas adivinhas a meio da conversa. Meu amor, se realmente gostas de mim, se realmente te preocupas comigo, diz-me de uma vez o que se passa. Diz-me que coisas são essas que te atormentam, que te fazem viver em constante preocupação.

Eu quero ouvir a tua verdade, não importa o quão dura e cruel ela é. Quero ouvir os teus pensamentos, sem qualquer tipo de censura ou que tenham sido alterados para evitar magoar-me. Se vais segurar-me pela mão quero que sejas verdadeira comigo, que me digas o que te corre na mente, que me digas o que sentes, o que as tuas entranhas te dizem, o que o teu coração te diz, e o que o teu instinto te diz. Quero-te ao meu lado verdadeira, honesta, humilde, sincera, franca e com coragem de viver.

"Deixai-os serem pequenos. Porque, se for para ter medo, que eu a tenha na morte!"

Sem comentários:

Enviar um comentário