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domingo, novembro 2

Pousar a cabeça...

O frio atacou levemente pela manhã, sem que déssemos por ele ao acordar. Pôs-se em geito de escondida bem atrás de todas as portas que davam para a rua e de todas as janelas que chegámos a abrir com o intuito de deixar os raios de sol e o seu calor entrar livremente. Mas o que aconteceu foi que também o frio veio com ele e inundou a casa com o seu frio, com o seu bafo gélido. O vento aquele inimigo do animal e do homem. Tomámos banho de água fria para aquecer os corpos com mais rapidez e vestimos as roupas de inverno.

Nos meus pensamentos estavam a ideia de aproveitar o dia para ir passear, de aproveitar o sol que nos alegrou e aqueceu o coração. Mas não, hoje será um dia para ficar por casa, para estender a manta sobre o chão e ir buscar ao armário um cobertor, ficando sentados em frente à televisão, mesmo que não estejamos a ligar-lhe alguma, cada um com a sua ferramenta de trabalho. Eu de lápis, papel e imagens na mão e tu de livros e caderno no colo. Tendo na mesa à nossa frente o chá quente a fumegar. E à medida que o tempo vai passando, também tu vais ganhando um sono, um mimo no cérebro que te faz pousar a cabeça sobre o meu ombro e recostando-te, adormeces.

 O inverno chegou.

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