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domingo, novembro 9

Aquela que ficou...



Cada vez que me lembro do seu rosto, é como se pudesse sentir e apreciar o carinhoso e gentil trato que ela, carregou em tempos no coração. As suas mãos generosas, bem como as palavras que da sua boca saíram, sempre com tanto carinho, com tanto cuidado, com tanto gosto e dedicação. O que hoje, é tão difícil encontrar em mulher alguma. Apesar de não lhe saber o tom da voz, gosto de imaginar que era como uma melodia, como a voz de alguém que tem dentro de si o coração de um anjo e o amor do mundo. O pulsar do seu coração certamente que era calmo, teimoso de sentimentos, raivoso quando contrariado e deliciosamente afável quando era afagado no peito do seu amado. As mãos tremeram-lhe todas as vezes que lhe tocara no rosto, cada vez que lhe saboreou a ponta dos lábios, cada vez que os olhos cruzaram a linha do horizonte. O corpo frágil de mulher susteve no colo três filhos, susteve ainda no pescoço e no peito, as facas de dois gumes que com tanto ódio, tanta raiva, tanta cegueira causada pela inveja, lhe tirou a vida. A ela. A ti! À mulher que "Aos montes insinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas."

"O melhor tipo de pessoa é aquela que fica" Ela de nome Agnez Peres De Castro, ficou até ao ultimo minuto, junto daquele que dela nunca os olhos tirou, nem desde o primeiro dia. A ela nunca uma mão levantou, e dela, nenhuma do regaço tirou.

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