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sábado, outubro 4

Da corda que entre nós cortaste...


Soubesse eu que tu irias desistir de tudo o que o tempo construiu. Que te irias deixar derrotar assim à primeira oportunidade. Podes até chorar, podes gritar o quanto quiseres, eu já não estou ao teu lado para te calar o grito e colher essas lágrimas. Deves agora sofrer sozinha. Também eu sofro com a distancia que teimaste em criar. Com a distancia que deixaste que acontecesse entre ti e o sentimento que tinhas sobre mim, se é que alguma vez tiveste algum sentimento dentro de ti que fosse sobre mim.   Faz parecer que tudo o que me disseste aos ouvidos, tudo o que me fizeste sentir, na realidade era um engano, uma mentira, uma crueldade dada ao coração. Agora não passas de uma memória. De uma cruel memória que por breves minutos se torna num pesadelo.

O teu rosto continua a ser simpático, a tua orelha delicada, os teus olhos cheios de força, mas o teu coração virou pedra fria, tornaste-te algo que não previa.

Independentemente da corda que entre nós cortaste, continuas a ser mulher, continuas a ter um coração que precisa de ser amado e cuidado, tal como eu necessito de um certo conforto. Que encontres finalmente quem realmente te faça florescer de novo o sorriso no rosto.

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