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domingo, setembro 28

Tenho-te à minha janela...

De Wuthering Heights (2011)
Tenho-te à minha janela e estás tão bonita que não sei se devo sair ou convidar-te a entrar. A luz do candeeiro de rua ilumina-te os ombros, mas escurece-te o rosto. Sorris. Sei que o fazes porque te vejo um certo brilho nos olhos e esse brilho é difícil de disfarçar. Esta noite põem-se um delicado nevoeiro e uma charmosa melodia no ar. Cantas, não com palavras mas com pequenos sons saídos da tua garganta, como se embalasses a lua para que adormeça depressa. Queres que a noite passe devagar, queres agarrar-te ao meu braço e sorrir sobre o meu ombro, queres olhar-me nos olhos enquanto me fazes perguntas. Queres que te aqueça o coração com palavras pequeninas e preciosas, com beijos sobre a testa e outros sobre as costas das mãos. Queres ouvir-me falar porque gostas de ouvir os outros, dizes tu que é o teu pior defeito, ouvir os outros, ouvir e ouvir e raramente falar.

Tenho-te à minha janela de sorriso estampado no rosto, numa mão seguras o prático chapéu de chuva e a outra mão deixas-la dentro do bolso para que quando me segurares o pescoço para que o beijo seja doce e controlado eu não me queixe da mão fria.

Sinto que me encantas. que me corres nas veias como se fosses uma doença.

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