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domingo, junho 24

O dia não importa...


Domingo à noite. O dia não importa muito pois foi igual a muitos outros que tivemos perto um do outro. O que importa neste dia. Hoje é a morte do meu tio. Que apesar de não ser realmente nada tio nem nada de parentesco à minha família, era um amigo que vivia connosco. E sabes bem o quanto nos custava ver o homem mal.

Foi uma experiência. Eu bem te dizia que se não quisesses ver todo aquele aparato de Bombeiros, INEM e GNR, para ires para o quarto. Não queria que ganhasses um trauma, um mau pesadelo, um mau sentimento, uma má ideia de tudo o que tinhas pensado sobre a morte. Mas mantiveste-te ao meu lado até ao fim. Davas-me carinhos e sorrisos. Sentias-me triste, mas até tu estavas com um nó na garganta. Até tu estavas com um nó no coração, com uma dor no peito que nunca tinhas sentido antes. Um vazio na mente, na alma.

Uma experiência que tivemos jovens e que nos juntou ainda mais.

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