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quinta-feira, outubro 14

Persegui-te durante horas...


Persegui-te durante horas, até a um local, onde as árvores viviam tranquilamente. Correste em direcção a uma e abraçaste-a como se tivesse vida, como se lhe fosses confessar algo, como um segredo. O vento que se fazia parou. Soltaste um soluço e o som do teu choro ouvia-se de onde estava. Não sabias que estava perto, mas também não estava assim tão perto de ti. Queria-te ver, observar, conhecer o teu intimo. Num acto de pura preguiça, sem deixar de abraçar a árvore, cais de joelhos, e ficas então envolvida em lágrimas.
Aproximei-me e coloquei a minha mão pesada no teu ombro, tentando manter-te calma. Abaixei-me para te olhar nos olhos e peguei-te ao colo. Continuavas a chorar. Até que pouco segundos depois, aninhaste-te no meu colo e o choro acalmou, recuperaste a respiração e olhaste para mim. Senti amor nos teus olhos.

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