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segunda-feira, setembro 8

Transformar as feridas em cicatrizes...

Foste a única. Foste a única que arriscou a dar-me a mão, a única que assumiu a relação de tantas outras, a única que teve a coragem em concorrer com os demónios que me queriam habitar o coração. Foste a única a ganhar tal batalha, foste a única que depois de cair, não desistiu e me voltou a dar a mão para me ajudar a aprender de novo a andar.

Há já tanto tempo que tinha perdido o jeito de caminhar, de falar, as boas maneiras de comer. Sentia-me tal e qual como o Monstro da Bela. Foste tu a Bela que entrou no coração com o intuito não só de ajudar, como de me amar como sou. Ficaste o tempo que quiseste, ficaste o tempo suficiente para me ver de novo erguer. Enquanto as outras não acreditavam em mim, foste tu a única que teve a ousadia de me beijar o rosto e dizer que ia ficar tudo bem, foste a única que me tocou o coração sem uma única palavra, sem um único beijo, apenas e simplesmente a tua suavis vox.

É tudo uma questão de transformar as feridas em cicatrizes. E fazes das cicatrizes momentos de alegria únicos.

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